quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Pecado da comparação

É desastroso. Comparar-se é destruir-se. Poucas coisas são tão nocivas. Faz mal para a autoestima, para o ego. Quem se compara faz a pior escolha. Vai sofrer.
Não significa que olhar para os outros e buscar referências seja uma atitude negativa. Isso faz bem. É importante. É positivo notar aquilo que amigos têm de bom e tentar melhorar a si mesmo. Porém, isso é bem diferente de viver se comparando.
Homens e mulheres fazem muito disso. Os homens são mais discretos. Ocultam suas inseguranças. Porém, poucos se sentiriam confortáveis ao saber que o amigo tem o pênis maior que o dele.
Mulheres sofrem ao notar que o bumbum da amiga está durinho. Sofrem quando a colega de trabalho é notada pelos homens, porque os seios dela estão exatamente onde deveriam estar. Mulheres se mordem de inveja da ex do namorado quando percebem que ela tem o vestido mais bonito da festa.
As comparações são variadas. Vão desde o sucesso que alguém tem na hora da conquista até bens materiais – do modelo do celular à decoração do apartamento, o carro novo na garagem etc.
Comparar-se é uma atitude pequena. De gente insegura. Acontece que esse tipo de insegurança a maioria tem. Em maior ou menor grau. Então, de certa forma, todos nós nos apequenamos quando nos comparamos aos outros. E, ao comparar-se, não dá para escapar do incômodo que isso traz. Porque sempre vai haver alguém numa condição melhor que a nossa.

O namorado da outra sempre vai parecer mais romântico que o seu

E comparar-se faz estragos na autoestima, no relacionamento, a situação é ainda pior. Todos os dias conhecemos gente interessante. Se você olhar para um cara charmoso, que fala bem, tem sempre um elogio na ponta da língua, atos gentis e lembrar do seu parceiro, corre o risco de classificar seu homem. Vai acabar colocando-o abaixo do outro. Se o sujeito olha pra sua mulher e a compara com colegas de trabalho, amigas de faculdade, vai dar problema. Sempre vai haver uma garota aparentemente mais simpática, mais bonita, mais gostosa.
Cá com meus botões, entendo esse tipo de comparação como uma construção diária da infelicidade do casal e porta de entrada para sentimentos novos que vão resultar em traição.
Quem compara o parceiro é porque deixou o coração aberto para novas experiências. Está disponível para fazer uma “troca”.
Não há benefícios em comparar-se. Nem em comparar o que é seu. Nunca seremos impecáveis, irretocáveis. Nem teremos tudo que desejamos. Além do mais, de perto ninguém é perfeito. Objetos e coisas, com o tempo, perdem a graça. Aceitar-se e satisfazer-se com nossas escolhas ajuda muito a viver bem consigo mesmo e com o que se tem.

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