É desastroso. Comparar-se é destruir-se. Poucas coisas são tão nocivas. Faz mal para a autoestima, para o ego. Quem se compara faz a pior escolha. Vai sofrer.
Não significa que olhar para os outros e buscar referências seja uma
atitude negativa. Isso faz bem. É importante. É positivo notar aquilo
que amigos têm de bom e tentar melhorar a si mesmo. Porém, isso é bem
diferente de viver se comparando.
Homens e mulheres fazem muito disso. Os homens são
mais discretos. Ocultam suas inseguranças. Porém, poucos se sentiriam
confortáveis ao saber que o amigo tem o pênis maior que o dele.
Mulheres sofrem ao notar que o bumbum da amiga está durinho.
Sofrem quando a colega de trabalho é notada pelos homens, porque os
seios dela estão exatamente onde deveriam estar. Mulheres se mordem de
inveja da ex do namorado quando percebem que ela tem o vestido mais
bonito da festa.
As comparações são variadas. Vão desde o sucesso que alguém tem na
hora da conquista até bens materiais – do modelo do celular à decoração
do apartamento, o carro novo na garagem etc.
Comparar-se é uma atitude pequena. De gente insegura. Acontece que
esse tipo de insegurança a maioria tem. Em maior ou menor grau. Então,
de certa forma, todos nós nos apequenamos quando nos comparamos aos outros.
E, ao comparar-se, não dá para escapar do incômodo que isso traz.
Porque sempre vai haver alguém numa condição melhor que a nossa.
E comparar-se faz estragos na autoestima, no relacionamento, a situação é ainda pior.
Todos os dias conhecemos gente interessante. Se você olhar para um cara
charmoso, que fala bem, tem sempre um elogio na ponta da língua, atos
gentis e lembrar do seu parceiro, corre o risco de classificar seu
homem. Vai acabar colocando-o abaixo do outro.
Se o sujeito olha pra sua mulher e a compara com colegas de trabalho, amigas de faculdade, vai dar problema. Sempre vai haver uma garota aparentemente mais simpática, mais bonita, mais gostosa.
Cá com meus botões, entendo esse tipo de comparação como uma
construção diária da infelicidade do casal e porta de entrada para
sentimentos novos que vão resultar em traição.
Quem compara o parceiro é porque deixou o coração aberto para novas experiências. Está disponível para fazer uma “troca”.
Não há benefícios em comparar-se. Nem em comparar o que é seu. Nunca
seremos impecáveis, irretocáveis. Nem teremos tudo que desejamos. Além
do mais, de perto ninguém é perfeito. Objetos e coisas, com o tempo,
perdem a graça. Aceitar-se e satisfazer-se com nossas escolhas ajuda muito a viver bem consigo mesmo e com o que se tem.
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